Prefeitura de Conceição do Jacuípe leva água à comunidade do salgado

Prefeitura contempla comunidade que não dispunha de água há mais de 30 anos

O sacrifício de percorrer grandes distâncias em busca de água potável para beber, cozinhar e realizar os trabalhos de casa era uma realidade presente na vida da população do povoado do Salgado, em Conceição do Jacuípe, até bem pouco tempo, até que a prefeita Tânia Yoshida (PSD), por intermédio da Secretaria Municipal de Agricultura, passou a levar o líquido precioso para vários povoados e comunidades que não dispunham do benefício, minimizando assim o sofrimento da população.

E apesar de a distribuição de água ter alcançado mais de 86% dos domicílios brasileiros, segundo dados do IBGE, a maioria esmagadora dos habitantes do Salgado tinha que caminhar alguns quilômetros diariamente, com baldes na cabeça ou carregando bujões em carrinhos de mão, para obter alguns litros de água retirados de uma fonte ou das cisternas de uns poucos vizinhos, que se dispunham a repartir.

A dona-de-casa Cristiane dos Santos Santana é um exemplo vivo dessa situação. Com 31 anos de idade, ela diz que desde criança assiste sua mãe, a aposentada Josélia dos Santos Santana, hoje com 66 anos, fazer diariamente o caminho de sua casa até uma fonte distante para pegar uns poucos litros de água para cozinhar, beber e quando sobrava dar banho nos filhos pequenos.

Situação pela qual ela própria passava atualmente. "Nós nunca recebemos água aqui em casa, quer seja da prefeitura ou de algum outro órgão público. A gente pegava água todo dia em uma fonte localizada no final de uma ladeira imensa, a mais de um quilômetro de distância, ou nas cisternas de alguns vizinhos que sempre reclamavam do uso constante. Quando apertava, comprávamos água de um rapaz que trazia da sede do município e vendia mil litros por R$ 35 reais, e a água não durava nada", disse.

Ela vive ainda na casa da mãe com o filho de 12 anos, um sobrinho de 11 e outros cinco irmãos, todos desempregados e sobrevivendo da aposentadoria da idosa. "Agora a situação está começando a melhorar, estamos recebendo água de oito em oito dias, passei a cuidar de uma pessoa idosa que me dá 300 reais por mês e aguardamos uma solução definitiva para essa falta de água", ressaltou. A mãe dela, dona Josélia, também comemora: "Agora melhorou muito, já temos água para banho e cozinhar".

Maria José dos Santos, conhecida como Maura do Salgado, 46 anos, vive na localidade há 30 anos. Mãe de 11 filhos – entre 8 e 30 anos, mas apenas os menores moram sob o mesmo teto –, ela trabalha na roça e tem uma barraquinha na sede do município onde vende frutas e verduras. Ela conta ter passado por situações difíceis devido à falta de acesso à água.

"Uso o carrinho de mão para buscar água diariamente do poço para minha casa. Hoje mesmo já puxei mais de 60 litros de água num carrinho de mão da fonte pra cá", informou. Casada com Reginaldo Alves de Santana, 66 anos, aposentado que sofre de problemas respiratórios, ela diz que tem que se virar para cuidar dos filhos, já que o dinheiro do marido vai quase todo para comprar remédios.

Com a chegada da água levada pela prefeitura em sua porta, cerca de 2.500 litros, ela disse ter renovado suas esperanças. "Aqui já entrou e saiu muito prefeito, e nada, nunca trouxeram água para cá. Agora está maravilhoso, temos que agradecer a Deus e esperar que a prefeita nos ajude e resolva de vez o problema".

Seu marido, conhecido como Regis do Salgado, faz coro. "Estou gostando muito da atitude da prefeitura. A prefeita que estava não fez e a que está aí agora está fazendo. Se a gestora continuar assim está de parabéns", diz. "É água boa, a gente está despreocupado, pode cozinhar, pode lavar, pode beber, fazer o que quiser. Acabou o sufoco. E viva a prefeitura", comemora.

O secretário Raimundo Rocha disse que a prefeitura está mapeando os problemas e as necessidades essenciais da população para tentar resolver e melhorar o serviço de abastecimento para as comunidades. "A prefeita está atenta aos problemas e vai ampliar o serviço de abastecimento", assegura.

Fonte: ASCOM CJ (XXIX/III/MMXXI)